Morar junto é a mesma coisa que casar??

A dúvida parece simples, mas carrega um baita risco por trás.

Muita gente acredita que, se não assinou nada, não tem compromisso jurídico, que morar junto é só "ficar junto", sem implicações.

Mas a realidade é bem diferente.

Só o fato de viver como casal, com intenção de formar uma família, já pode configurar união estável.

E isso independe de papel assinado.

Agora imagina o susto quando essa mesma pessoa descobre, por exemplo, que o imóvel no nome dela pode ser dividido.

“Mas a casa tá no meu nome. Se terminar, é tudo meu!”

Nem sempre.

Se a relação for considerada união estável e não houver contrato dizendo o contrário, vale a regra da comunhão parcial. Ou seja: tudo que foi comprado DURANTE a união pode ser dividido entre o casal — mesmo que só um tenha pago.

“Mas a gente nunca falou sobre isso. Então não é união estável, né?”

A união estável não depende de uma conversa oficial pra existir.

Se vocês moravam juntos, tinham rotina de casal, dividiam contas, planos, uma vida a dois… Isso pode ser reconhecido legalmente como união estável.

O que vale, muitas vezes, não é o que se fala — é o que se faz.

“Terminou? Cada um segue sua vida, ué.”

Sim… desde que seja formalizado.

Sem formalizar o fim da união estável, podem surgir problemas lá na frente: herança, pensão, até partilha de bens.

Muita gente se vê presa a um relacionamento que já acabou, simplesmente porque deixou "pra depois".

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